Darcy Penteado

Darcy Penteado (São Roque/SP, 1926 – 1987)

Cenógrafo e figurinista. Artista plástico, desenhista, gravador e literato, dedica-se durante os anos 50 a trabalhos na área de indumentária e cenografia, trabalhando com diretores representativos do período. Após os 10 anos, muda-se para São Paulo, para concluir seus estudos. Distingue-se pelos desenhos que realiza, levando-o a trabalhar em agências de publicidade, de desenho industrial e como figurinista de magazines. Faz retratos e, tornando-se conhecido, destaca-se no meio profissional.

Em 1952, Darcy estréia no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, confeccionando as máscaras para Antígone, de Sófocles, direção de Adolfo Celi. No mesmo ano, está em A Calça, de Carl Sternheim; e Iolanda, de Curt Goetz, com direção de Antunes Filho, em 1954, duas montagens do grupo de Lotte Sievers. Realiza a cenografia de É Proibido Suicidar-se na Primavera, para a Companhia Nicette Bruno, arrebatando o Prêmio Governador do Estado. Ainda em 1954 cenografa Os Dous ou O Inglês Maquinista, de Martins Pena, direção de Luís de Lima, para a Escola de Arte Dramática, EAD. Para o Balé do IV Centenário cria os cenários e figurinos para Sonata da Angústia, com música de Bártok, em 1954. Em 1955, idealiza os figurinos de Santa Marta Fabril S. A., de Abílio Pereira de Almeida, para o TBC. Volta a trabalhar com Lotte Sievers, num texto de sua autoria, A Morte Foi Contratada, direção de Ruy Affonso, em 1956. No ano seguinte está em duas criações: Casal Vinte, de Miroel Silveira, e Esses Maridos, de George Axelrod, direção de Adolfo Celi e produção da Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em 1958, confecciona os figurinos para Pedreira das Almas, de Jorge Andrade, dirigido por Alberto D’Aversa, no TBC. Desde 1955 vinha participando na televisão, como diretor de arte. Em 1960 faz os cenários e figurinos de Um Gosto de Mel, de Shellagh Delaney, direção de Benedito Corsi, novamente para o TBC. Em 1961, integra a produção de Armadilha para um Homem Só, de Robert Thomas, uma direção de Luís de Lima para o Teatro Maria Della Costa, TMDC.

Afastado do teatro durante algum tempo, Darcy retorna, em 1977, como o figurinista de Volpone, de Ben Johnson, direção de Antônio Abujamra. Envolve-se, na sequência, com produções obscuras até lançar-se como autor em A Engrenagem, de 1978, direção de Odavlas Petti, assumindo abertamente a condição homossexual, assunto que será também explorado em sua primeira novela – A Meta -, editada no ano seguinte, período em que está francamente envolvido na luta contra a discriminação.

Fonte: Itaú Cultural.

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