Amélia Pastro Maristany
Amélia Pastro Maristany (Porto Alegre/RS, 1897 – Porto Alegre/RS, 1979)
Pintora. Passando sua infância num alegre casarão, rodeado de flores, na Rua Garibaldi. Filha de italianos naturais de Veneza, herdou deles o viés artístico – a sensibilidade pela beleza. Do convívio com as flores, cultivadas por ela e sua mãe, absorveu o perfume, as cores, a delicadeza: identificou-se tanto com as flores que fez, destas pequenas maravilhas da natureza, suas companheiras e confidentes.
Mais tarde, após receber aulas do pintor espanhol Coculilo, começou a transferir para as telas, com uma sensibilidade exuberante, o talento pictórico inspirado pela natureza. Em sua juventude, mantendo o interesse pela pintura, visitou várias exposições em Porto Alegre: em uma delas conheceu o pintor espanhol, natural de Barcelona, Luiz Maristany de Trias, que expunha suas telas no Clube Caixeral de Porto Alegre: deste primeiro encontro surgiu o amor e, em 1922, casaram-se.
Luiz Maristany de Trias encontrou na bela jovem esguia, de cabelos ondulados, de cor “rosa chá”, a companheira ideal para toda a sua vida. Nos primeiros anos de casados, Luiz e Amélia viajaram pela Europa, onde ela recebeu orientação de artistas famosos, como: Puigdomenech, Salvador Canedo e Fornells, aprimorando sua técnica na pintura de flores.
Em dezembro de 1923 realizou exposição na cidade de Santa Fé, na Argentina, na Galeria Gustavino y Carrières. Em agosto de 1924, em Bahia Blanca, Argentina, suas obras foram apresentadas no Salon de Actos del Palácio Municipal e, no mesmo ano, em Buenos Aires, no Salão do Palace Hotel.
Em março de 1925 realizou exposição no Rio de Janeiro, no Salão de Honra da Sociedade Rio-grandense, onde recebeu cobertura dos principais jornais e revistas da época, como: O Globo, Jornal do Brasil, Revista para Todos – inclusive do crítico de artes Argimino Zimmermann, enviado especial do jornal Correio do Povo.
Em janeiro de 1926 uma exposição foi realizada em São Paulo, no Salão do Cine Clube, onde recebeu, entre muitos outros, o seguinte comentário de José do Patrocínio Filho: “Nos seus quadros não há só a cor, a expressão íntima das flores, mas também o capitoso perfume e o encanto de sua alma de artista e de mulher”.
Durante 16 anos percorreu, com o esposo, os grandes centros culturais da Europa e da América, em busca de novas técnicas e locais para apresentar suas telas, expondo nas principais cidades da Itália e da Espanha.
Concorreu, no Brasil, no Salão Nacional de Belas Artes, obtendo “Menção Honrosa”, e no Salão do Rio Grande do Sul, onde foi agraciada com “Medalha de Prata”. Em 1938 radicou-se em Porto Alegre, onde viveu até seus últimos dias, dedicando-se à pintura de flores. Sua última exposição aconteceu em 1971, em Porto Alegre, na Galeria de Arte Rembrandt.
Amélia Pastro Maristany faleceu em Porto Alegre em outubro de 1979. Ela viveu entre flores e delas assimilou o perfume e a cor: desta íntima convivência nasceu sua arte – uma estranha simbiose de mulher e flor.
Fonte: Atelier Maristany.
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