Fernand Léger
Fernand Léger (Baixa Normandia/FR, 1881 – Gif-sur-Yvette/FR, 1955)
Um dos mais destacados pintores do Cubismo, importante movimento artístico do século XX. De família de camponeses normandos, ainda criança mostrou seu interesse pelo desenho. Com 16 anos foi para Caen, capital da Alta Normandia para trabalhar como aprendiz de arquiteto.
Em 1900, mudou-se para Paris, onde trabalhou como desenhista em um escritório de arquitetura e retoques fotográficos. Entre 1902 e 1903 prestou serviço militar em Versailles. Depois de reprovado no exame de ingresso na Escola de Belas Artes de Paris, em 1903 entrou para a Escola de Artes Decorativas e para a Academia Julien. Nessa época frequentou vários ateliês e passou a ser atraído pela obra de Césanne.
Em 1909, Fernand Léger se aproxima dos artistas que seguiam o Cubismo, entre eles, os poetas Apolinaire, Max Jacob e Blaise Cendrars, e os pintores George Braque e o espanhol Pablo Picasso. Em 1911, realiza sua primeira exposição no Salão dos Independentes, onde se destacou com a tela “Nus na Floresta”. No ano seguinte participou da Section D’Or, em Paris, e publicou na revista Der Sturm, “Les Origines de la Peinture Contemporaine”. Nessa época realiza diversas exposições em Paris, Moscou e Nova York.
Em contato com o Cubismo, Legér não aceitou sua representação exclusivamente analítica para representar o mundo real, seus trabalhos apresentavam formas curvilíneas e tubulares, em contraste com as formas retilíneas usadas por Picasso e Braque. No quadro “Mulheres de Azul”, que marca o apogeu de sua fase de cubista, se percebe as características pessoais que o diferenciam do movimento.
Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra seus trabalhos são interrompidos durante quatro anos, quando foi enviado à frente de batalha. Em 1918, volta a expor suas obras, assina contrato com uma galeria e realiza grandes pinturas, cada vez mais influenciado pelo Modernismo, afasta-se da abstração. Entre os anos de 1923 e 1924, recebe Tarsilla do Amaral em seu ateliê.
Nos anos 30, Fernand Léger passou a fazer desenhos para vitrais, mosaicos e cerâmicas, além de cenários para o teatro e balé, projetos de decoração e trabalhos para o cinema, entre eles, a direção do filme “Le Balet Mécanique” (1924). Em 1935, fez uma exposição de suas obras no Instituto de Artes de Chicago.
Em decorrência da Segunda Guerra Mundial, Léger se refugia nos Estados Unidos, onde vive entre 1940 e 1945. Nessa época, continua a dissociar a cor do desenho, procedimento que não abandona mais. Em 1945 voltou para a França, levando uma série de composições inspiradas na paisagem industrial americana. Passa a produzir obras em série, retratos, temas dos divertimentos populares, como ciclistas, palhaços, acrobatas, entre outros.
Fonte: História das Artes.
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