Inimá de Paula

 Inimá de Paula (Itanhomi/MG, 1918 – Belo Horizonte/MG, 1999)

Pintor, desenhista. Considerado um “artesão das cores”, destaca-se por sua pintura de cores vivas e pinceladas fartas. Retratando paisagens diversas e temas populares, é considerado um dos maiores paisagistas modernos do Brasil, ao lado de Guignard e José Pancetti . Inicia seus estudos artísticos na adolescência, em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde passa a frequentar, em 1938, o Núcleo Antônio Parreiras. Em 1940, instala-se no Rio de Janeiro e se matricula nas aulas de Argemiro Cunha, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, mas abandona o curso em pouco tempo. Nessa época, passa a pintar com alguns dos ex-integrantes do Núcleo Bernardelli. Em 1944, transfere-se para Fortaleza, onde conhece artistas locais, como Aldemir Martins, Antonio Bandeira e o suiço Jean-Pierre Chabloz, e participa da criação da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP). Volta ao Rio de Janeiro, em 1945, e participa de uma mostra coletiva com esses artistas na Galeria Askanasy. Graças ao apoio de Candido Portinari, que o apadrinha, faz sua primeira mostra individual no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), em 1948. Em 1950, ganha o prêmio de viagem ao país do 56º Salão Nacional de Belas Artes e, no ano seguinte, viaja e expõe na Bahia.

A obra do pintor, além de constituir o acervo de museus importantes no Brasil, é preservada pela Fundação Inimá de Paula, criada em 1998, em Belo Horizonte, e pelo Museu Inimá de Paula, inaugurado na mesma cidade, em 2008.O talento para atingir a potencialidade da cor, seja explorando tons vibrantes nas telas fauvistas, seja manipulando o branco que ilumina as paisagens que retrata, faz de Inimá de Paula um dos maiores pintores modernos do Brasil e o grande representante do fauvismo brasileiro.

Fonte: Itaú Cultural.