Rubem Ludolf

Rubem Mauro Cardoso Ludolf (Maceió/AL, 1932 – Rio de Janeiro/RJ, 2010)

Pintor, arquiteto, paisagista. Forma-se pela Escola Nacional de Arquitetura da Universidade Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, em 1955. Nessa época, frequenta as aulas de Ivan Serpa (1923-1973) no curso livre de pintura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Participa do Grupo Frente a partir de 1955. Integra-se ao movimento concretista, entre 1956 e 1957. Paralelamente a sua atividade como artista plástico, Rubem Ludolf atua como arquiteto, entre 1954 e 1990, no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), dedicando-se principalmente ao paisagismo. Participa de cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo, entre 1955 e 1967, recebendo o prêmio aquisição dessa última; é um dos integrantes da sala especial Arte Construída: homenagem a Waldemar Cordeiro, exibida na 12ª edição da mostra, em 1973.

Na metade da década de 1950, Rubem Ludolf cria obras abstrato-geométricas, nas quais explora as estruturas seriadas, o ritmo e os efeitos óticos, como ocorre em Assimetria Resultante do Deslocamento Simétrico, 1955 ou em Quase Quadrado, 1957. Em Ritmo, 1958, a estrutura é dada pela linha, pela superposição dos planos e por elementos que tendem ao signo gráfico. Na década de 1960, passa a substituir o rigor concretista por uma pintura caracterizada por pinceladas que constroem tramas de cor. Na opinião do crítico Roberto Pontual, é pela cor que tudo começa na obra de Rubem Ludolf, aspecto pelo qual sua produção revela afinidades com o neoconcretismo, apesar de ter sido circunstancialmente ligado ao concretismo paulista, entre 1956 e 1957.

O artista cria campos de forças onde os elementos, dispostos dinamicamente, se atraem em jogos de equivalências visuais. Em sua produção ocorre a rigorosa ordenação de formas e um apurado cromatismo, que estimulam a percepção visual do espectador.

Como nota o crítico Mário Pedrosa (1900-1981), em 1965, seus trabalhos são de grande delicadeza tonal, com tramas que se superpõem a ponto de formar, em certas telas, um terceiro plano, posterior. São essas tramas que caracterizam particularmente seu trabalho. Para o crítico Frederico Morais, as Tramas resultam de uma interligação de escritas ou de signos gráficos superpostos, que formam tessituras, nas quais explora os jogos de profundidade e vazio. O próprio movimento do espectador diante dos quadros, aproximando-se ou distanciando-se, cria novas vibrações cromáticas e novas descobertas para o olhar.

Na definição do próprio artista, seu trabalho consiste em “pintar a tela em branco como quem escrevesse com a cor, formando frases em pinceladas ordenadas ora num sentido, ora noutro, nunca a esmo. Continuar pintando (escrevendo) até que as tramas, labirintos, claro-escuros, signos tomem forma e comecem a respirar”. No fim da década de 1980, sua obra volta a apresentar características construtivas, em cujas telas a ordenação cromática ocorre por meio de faixas horizontais.

Fonte: Itaú Cultural.

Contatos

Contatos

Endereço:

Rua Duque de Caxias, 649 - CEP: 90010-282,
Centro Histórico - Porto Alegre/RS

Email:

contato@galeriaespacoculturalduque.com.br

Telefone:

(51) 3228.6900