Antoni Tàpies
Antoni Tàpies (Barcelona/ES, 1923 – 2012)
Foi um importante artista espanhol nascido na Catalunha. Ele é um dos famosos artistas do expressionismo abstrato europeu, talvez o artista catalão mais conhecido a surgir no período desde a II Guerra Mundial. Suas ideias tiveram influência mundial na arte, especialmente nos domínios das pinturas, esculturas, gravuras e litografia.
Em 1948, Tàpies ajudou a fundar o primeiro Movimento Pós-Guerra na Espanha, conhecido como Dau Al Set, movimento que estava conectado ao Surrealismo e ao Dadaismo. Tàpies começou como um pintor surrealista, seus primeiros trabalhos foram influenciados por Paul Klee e o também catalão Joan Miró; mas logo se tornou um expressionista abstrato, trabalhando em um estilo conhecido como “Arte Povera“, no qual materiais não artísticos são incorporados às pinturas.
Em 1950, Tàpies mudou-se para Paris. Para ele, de acordo com suas memórias pessoais, viveu momentos de “nova vitória para as democracias sobre o espectro das ditaduras da Europa Ocidental”. A experiência parisiense trouxe luz e esperança para a vida e obra do artista , enchendo-o de força otimista e nova inspiração. Em Paris, Tàpies decidiu renovar a sua obra unindo o espírito da vanguarda à crítica social e política. Em 1953 ele começou a trabalhar com mídia mista, período em que sua obra foi considerada mais original. Um dos primeiros a criar arte séria dessa forma, ele adicionou argila e pó de mármore à sua pintura e usou resíduos de papel, barbante e trapos.
Tàpies, um dos mestres da arte abstrata , acreditava que a pintura em si era uma abstração e que a realidade não está na pintura, mas na mente do observador. Assim, nesta fase Tàpies iniciou a sua experimentação com os mais diversos materiais. Ele criou uma linguagem própria, abandonando a figura e buscando captar os efeitos plásticos da matéria. Essa transformação começa com as colagens, enriquecidas com arranhões na tela, pegadas, cordas, areia e pó de mármore, entre outros materiais.
Em 1970, o artista assinou um manifesto, juntamente com centenas de artistas e intelectuais, exigindo anistia, abolição da pena de morte, reconhecimento das liberdades e direito à autodeterminação. Para Tàpies, a luta pela liberdade e pela democracia estava ligada à defesa dos direitos nacionais da Catalunha, e neste momento suas criações refletem esse desejo.
Nos últimos anos de sua vida, Tàpies retoma alguns de seus grandes temas: o corpo, morte e desejo. A convivência com a guerra civil na adolescência o deixou muito consciente da morte. Seu trabalho está enraizado neste fato.
Fonte: Arte e Artistas.
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